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COVID 19 em Moçambique: uma reflexão sobre a progressão, e as medidas de prevenção e contenção

COVID 19 em Moçambique: uma reflexão sobre a progressão, e as medidas de prevenção e contenção
A estratégia de optar pelo isolamento domiciliar dos doentes apresenta várias fraquezas: é problemático avaliar à distância o pioramento das condições do paciente; a falta de termómetro compromete a avaliação da temperatura em casa e a interpretação dos sintomas de dificuldade respiratória pode ser subjectiva, sobretudo se for um familiar a responder. Acima de tudo, em locais pobres e superlotados, é praticamente impossível aplicar devidamente as normas de prevenção: lavar as mãos com todo cuidado, quando o sabão não pode ser desperdiçado, usar e reutilizar correctamente as máscaras caseiras, não compartilhar a toalha, limpar adequadamente a louça e os talheres, evitar visitas e até ficar em casa, a menos que haja comida guardada para a família. Parece impossível, nessas condições, evitar a transmissão intrafamiliar.
A importância da transmissão intrafamiliar foi bem documentada na China. Nesse país, com a subida do número de infectados, o isolamento domiciliar foi descartado devido ao risco que representava para as famílias dos pacientes. A solução foi encontrada nos Hospitais-Abrigo (HA) Fangcang, (Fangcang pode-se traduzir “Arca de Noé”). Tratou-se de instalações de saúde temporárias realizadas em locais públicos de grande capacidade, como estádios e centros de exposições, transformados em hospitais para isolamento de emergência. O HA oferecia, seja um atendimento clínico eficaz à maioria dos pacientes do Covid-19, seja o isolamento das famílias e das comunidades. Esse segundo aspecto foi responsável, em boa medida, pelo controlo rápido da transmissão que ocorreu na China.
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